quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Bioluminescência em Vagalumes


Caracterização das famílias
Entre os Coleoptera que se encontra o maior número de insetos luminescentes, nas famílias Elateridae e Lampyridae, e nos gêneros: Lmpyria, Lucíola, phrixothix, e outros. Os vagalumes ou pirilampos (do gregopyris=fogo e lampis= luz) são os insetos melhor estudados sob o ponto de vista da luminescência. São pequenos besouros, pertencentes a duas famílias distintas: Elateridae e Lampyridae, que se caracterizam e se diferenciam, pela localização dos órgãos luminosos, e também pela intermitência ou não da luz por eles produzida.



Taxionomia
Nos Lampyridae, família do verdadeiro vagalume, vulgarmente chamados “pisca-pisca”, pela intermitência da sua luz, os órgãos luminosos estão localizados na face ventral dos últimos segmentos abdominais, ou nas partes laterais do abdome; e nos Elateridae, eles se localizam no pró-tórax, em posição dorsal posterior. Tanto nos Lampyridae como nos Elateridae, os órgãos luminosos se apresentam como manchas ou faixas de coloração amarelada. Também a coloração da luz emitida pode auxiliar o reconhecimento desses dois grupos de vagalumes; assim, nos Elateridae a luz é de uma bela cor azul-esverdeada, ao passo que nos Lampyridae ela é amarelada e brilhante.


Estrutura
A estrutura do órgão fotogênico nos Elateridae, os órgãos fotogênicos ou luminoso estão situados no dorso do pró-tórax, e se apresentam como duas manchas laterais e posteriores, de coloração amarelo opaca, são de forma lenticular e contorno circular. É aceito que a luz por esses órgãos sirva para facilitar a aproximação dos sexos, o que parece oferecer provas satisfatórias.
A estrutura geral de um órgão fotogênico ou luminoso é a seguinte: consta de uma parte ou camada externa, que é fotogenia, e uma parte ou camada interna, que a refletora; traqueias e nervos penetram ambas as camadas, sendo em maior abundancia na camada externa; uma cutícula cobre todo o órgão, sendo mais fina e mais transparente, formadas por grandes células dispostas em lóbulos, que estão associadas com grandes ramos traqueais. A distribuição exata das traqueias varia nas diferentes espécies, porém, a disposição é tal que fornecem abundante provisão de oxigênio. A camada refletora é composta também de grandes células, cujo citoplasma contém numerosos cristais de urato; elas têm uma coloração leitosa aparente, e funcionam como um anteparo, distribuindo a luz incidente e prevenindo sua dispersão interna.




A vida dos pirilampos
Os lampirídeos tem ciclo biológico longo. Variam muito de cor, do castanho-claro ou escuro ao castanho-amarelado ou avermelhado. As lanternas ficam no ventre e variam de tamanho e disposição. Emitem luz esverdeada intermitente durante as poucas horas do entardecer. Habitam matas, campos, cerrados, preferindo os lugares úmidos e alagadiços como os brejeiros. Em algumas espécies as fêmeas também tem aspecto de larvas, que emitem sua luz por órgãos luminescentes situados no abdômen.
Elaterídeos tem cor variante do castanho-escuro ao marrom-avermelhado. Na parte anterior do tórax, duas manchas que, quando apagadas, tem coloração alaranjada. Usa-se achar que essas manchas são os olhos do pirilampo. Mas são suas ‘lanternas’. Uma terceira lanterna fica no abdômen e só entra em atividade quando o inseto está voando. É tão desenvolvida que chega a emitir um facho de luz de quase um metro de diâmetro. Esses vagalumes costumam voar muito alto, acima da copa das árvores. A luz que emitem é contínua. Na lanterna torácica, a luz tem uma tonalidade esverdeada. Na lanterna abdominal, é amarelo-alaranjada. O ciclo de vida dos elaterídeos é longo: dois ou mais anos. Os adultos vivem somente no verão, períodos em que se acasalam. Os ovos são postos em madeiras semi-apodrecidas no interior das matas. Após certa de quinze dias, surgem as primeiras larvas, que passarão quase dois anos comendo outros insetos e crescendo, até se transformarem nas pupas, que irão depois converter-se em insetos adultos.
Nos Fengodídeos, as fêmeas sempre tem aspecto larvar. São somente conhecidas como bondinho elétrico ou trem de ferro. Algumas espécies de fengodídeos emitem luz vermelha, a região da cabeça, e esverdeada no corpo. Outras emitem luz esverdeada em todo corpo. Os machos, alados, têm pontinhos luminosos em posição e número variáveis, todos no abdômen. Sabe-se que as larvas gostam de comer gongolos, o popular piolho-de-cobra. E são muito vorazes; sugam toda a parte mole do corpo do bicho, dispensando as partes duras. Emitem luz contínua e vivem no chão, à procura de suas presas.



Reprodução
Outro fator que impulsiona emissões luminosas é o de chamar atenção de seu parceiro ou parceira. O macho emite sua luz avisando que está se aproximando enquanto a fêmea pousada em determinado local emite sua luz para avisar onde está. Na reação química, cerca de 95% aproximadamente da energia produzida transforma-se em luz e somente 5% aproximadamente se transforma em calor. O tecido que emite a luz é ligado na traqueia e no cérebro, dando ao inseto total controle sobre sua luz. Infelizmente, os vagalumes estão ameaçados pela forte iluminação das cidades, pois quando entram em contato com essa forte iluminação, sua bioluminescência é anulada interferindo fortemente na reprodução, podendo até serem extintos.


Bioluminescência x Reação enzimática
A bioluminescência é a emissão de luz por um organismo vivo. Este fenômeno é devido a uma reação química (quimiluminescência), na qual a conversão de energia química em energia radiante e direta e 100% realmente eficiente, isto é, muito pouco calor é produzido neste processo. Por esta razão, a emissão desta luz fria e chamada luminescência.
A produção de luz é feita por componentes essenciais emissores de luz são a molécula orgânica e oxidável de luciferina, e a enzima luciferase, que são específicos para diferentes organismos. A reação luciferina-luciferase, reversível, e na realidade numa reação enzima-substrato, na qual a luciferina e o substrato são oxidadas pelo oxigênio molecular, sendo a reação catalisada pela enzima luciferase, com a consequente emissão de luz. A emissão de luz continua até que toda a luciferina seja oxidada.
O processo de produção de luz pode ser ilustrado por uma reação desenvolvendo-se em três estágios, da seguinte maneira:
Luciferina + ½ O→ Oxiluciferina x + H2O;
Oxiluciferina x + Luciferase → Oxiluciferina + Oxiluciferase x;
Luciferase x → Luciferase + Qel.
A reação 1 é catalisada pela luciferase, e o produto, oxiluciferina, é carregada uma quantidade de energia representada por x. Esta é transferida para a luciferase, na reação 2, e é libertada na reação 3, como uma quantidade de energia luminosa, representada por Qel. A oxidação da luciferina, semelhante a da hemoglobina, é reversível; a oxiluciferina pode ser reduzida outra vez, pelo hidrogênio nascente ou exposição à luz.


Aplicações da bioluminescência
Além da beleza inegável do fenômeno, a molécula luciferina e a enzina luciferase tem aplicação em setores como farmacologia, biologia molecular e alimentação.
FARMACOLOGIA - Implanta-se na bactéria responsável por uma doença o gene que comanda a produção de substância luminescente. Depois, aplica-se o antibiótico. Se continuar brilhando, é porque a bactéria está viva e o remédio não funcionou.
BIOLOGIA MOLECULAR - Quanto mais ATP (adenosina tri-fosfato) houver no espermatozoide, mais ele brilha ao receber a mistura de luciferina e luciferase. Se cintilar pouco, é sinal que a célula tem pouco ATP; fora de forma e, portanto, pouco fértil.
ALIMENTAÇÃO - Se acender, o alimento está estragado. A luminescência indica que há bactérias ativas na comida. É que todo o organismo em atividade tem ATP, que desprende luz quando combinado com a luciferina e a luciferase.

Curiosidades
Os vaga-lumes são besouros e podem ser classificados em três famílias: os lampirídeos, ou pisca-pisca, que têm estágio larval de cerca de um ano, no qual se alimentam de caramujos, e fase adulta, que dura apenas um mês; os elaterídeos, conhecidos como besouros tec-tec, cuja larva, que se alimenta de insetos, dura até dois anos, e o adulto até dois meses; e os fengodídeos ou larvas trenzinho, que são os vaga-lumes mais raros. Estes últimos, encontrados apenas na América do Sul, além de produzirem luz verde-amarelada por fileiras de lanternas ao longo do corpo, são os únicos que produzem luz vermelha, localizada na cabeça. A larva, que se alimenta de piolhos-de-cobra, dura dois anos e o adulto, em média, uma semana. “Estes resultados correspondem aos insetos criados em laboratório”.
As famílias de vaga-lumes podem utilizar sua luz para diversas funções. Todas as emitem, principalmente, para atrair parceiros sexuais. O trenzinho e o besouro tec-tec a utilizam também para assustar predadores – emitindo um sinal improvisado – e as larvas do último, emitindo luz contínua, ainda podem usá-la para atrair uma presa. “As larvas de algumas espécies de besouros tec-tec infestam cupinzeiros da região central do Brasil, os quais ficam repletos de centenas de pontos luminosos, dando a aparência de prédios iluminados durante a noite”. De um modo geral, as cores das luzes dos vaga-lumes variam do verde-amarelado ao vermelho. “Apenas poucas espécies de trenzinho são capazes de produzir luz vermelha e as larvas de alguns mosquitos, encontrados em regiões temperadas, produzem luz azul”.


REFERÊNCIAS

Material didático sobre vagalumes/pirilampos, disponível em <http://hermes.ucs.br/ccet/defq/naeq/material_didatico/textos_interativos_26.htm > acessado em 20/05/2012.
Vaga-lume, < http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaga-lume disponível em > acessado em 20/05/2012.
Curiosidades sobre os vagalumes que provavelmente você não sabia, < http://domescobar.blogspot.com.br/2011/11/curiosidad.html > acessado em 20/05/2012.

postado por Bernardo

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Você já ouviu falar em Peixe-pênis?


O porquê do nome do inusitado animal dispensa explicações, mas é preciso deixar claro que o Urechis unicinctus não é nem peixe, nem pênis. Na verdade trata-se de um verme marinho parecido com as minhocas, porém sem ter o corpo divido em anéis. Na Coréia-do-Sul o animal é muito apreciado fazendo grande sucesso local.

O peixe-pênis faz parte do gênero Urechis, que apresenta uma probóscide (tipo de “tromba” utilizado na alimentação) bem pequena, ausência de anéis segmentando o corpo e coloração rosada, o que contribui para que o animal lembre um pênis humano.

Apesar de possuírem dimorfismo sexual (sexos separados em macho e fêmea) os indivíduos não copulam, liberando seus gametas na água e ocorrendo fecundação externa.

Por serem animais bentônicos (organismos que vivem no fundo do mar) e gostarem de viver enterrados, esses animais não são facilmente vistos e captura-los também não é uma tarefa tão fácil, já que vivem enterrados no substrato.

O Peixe-pênis possui uma grande capacidade de regeneração e pode atingir até 40 centímetros!
Confira abaixo as imagens do curioso animal:




postado por Lauro

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

SERÁ QUE VOCÊ COME INSETOS ESMAGADOS E NÃO SABE????


Provavelmente!!!

- Mas como? Que estória é essa?

Você come biscoito? Toma iogurte e sorvete? Toma leite sabor morango? Então já comeu inseto!

- O que uma coisa tem a ver com a outra?

Biscoitos e sorvetes costumam conter corantes. Esses corantes, se você procurar no rótulo das embalagens, vai encontrar com os nomes dE "VERMELHO 4", "VERMELHO 3", "CARMIM", "COCHINEAL", "CORANTE NATURAL CARMIM DE COCHONILHA", "CORANTE C.I", "CORANTE OU COLORIZANTE E120" e todos esses são sinônimos de Corante de Cochonilha

- E o que é esse Corante de Cochonilha?

O Corante de Cochonilha é um material vermelho vivo feito dos corpos secos e esmagados de um inseto originário do México, a Cochonilha ou Dactylopius coccus. A Cochonilha é uma praga que dá em plantas e tem preferência pelo cacto Opuntia coccinellifera e formam uma espécie de farinha nas folhas contaminadas. São besouros diminutos (2 a 5 milímetros de comprimento) que formam colônias nas folhas (parecendo farinha), raízes e frutos das plantas, sugando a seiva, inoculando toxinas e provocando manchas, definhamento e morte da planta.
A Cochonilha hoje é criada em todo o mundo, inclusive no Brasil, para a produção de corantes. Bilhões desses insetos são criados e esmagados para fazer corante vermelho para colocar em sobremesas, bebidas, roupas, chás, etc ... Setenta mil insetos são esmagados e fervidos para fazer meio quilo de corante aproximadamente. E ao mesmo tempo as cochonilhas são combatidas nas plantações comerciais pois são pragas, especialmente das frutas cítricas. O Grupo de Apoio às Crianças Hiperativas (Hyperactive Children's Support Group) recomenda eliminar os produtos que contêm esse corante da dieta das crianças com esse problema. O uso de cochonilha vem desde o descobrimento das Américas (era usada pelos Astecas) e aumentou recentemente depois que se descobriu que os corantes artificiais mais baratos causavam câncer. Agora estão experimentando besouro esmagado nos consumidores- cobaias porque o besouro é "natural" ...
 

- ARGH !!! Eu não quero comer CORPOS DE INSETOS ESMAGADOS! Isso é NOJENTO !!!

Então APRENDA a ler os rótulos do que você come e diga adeus aos produtos das marcas Aymoré, São Luiz, Piraquê (biscoitos), Parmalat, Vigor (iogurtes), e ainda muitos outros. Procure os produtos coloridos com extratos de beterraba e páprica.
E mais importante:  SAIBA O QUE VOCÊ COME! Procure saber que EDULCORANTES, EMULSIFICANTES, FLAVORIZANTES e outros códigos são esses nos alimentos que você come.
 E uma coisa é bem óbvia:  empresa nenhuma vai lhe dizer explicitamente o que ela põe nos seus produtos se houver a menor possibilidade de que isso faça você rejeitar o produto. Experimente escrever para estas empresas e veja se eles vão mesmo lhe dizer, sem enrolação, que estão colorindo seus alimentos com besouros esmagados.

"Vermelho 4", "Vermelho 3", "Carmim", "Cochineal", "Corante natural carmim de Cochonilha", "Corante C.I", "Corante ou Colorizante E120"  é uma pinóia ! Isso é BESOURO mesmo!


postado por Marcela