PENAS
As penas são a característica distintiva das aves, e asas com penas são as estruturas que permitem que uma ave voe. Elas usam o movimento do punho para produzir um fluxo de ar sobre as penas primárias das asas para gerar ascenção durante o vôo batido.
As penas desenvolvem-se de reentrâncias ou folículos na pele, geralmente arranjados em regiões ou pterilas, que são separadas por áreas de pele sem penas ou aptérias e são constituídas quase que inteiramente de queratina beta, que são diferentes em tamanho e estrutura da queratina beta na pele.
Tipos de Penas
As penas estão fixas à pele por uma base curta e tubular, o cálamo, que permanece firmemente implantado no folículo até que ocorra a muda (Figura 17-2). Uma longa raque afilada estende-se do cálamo e possui ramificações laterais muito próximas entre si denominadas de barbas. As bárbulas são ramificações das barbas, e ramos distais e proximais das bárbulas dispõem-se nos lados opostos das barbas.
As penas de contorno, que revestem o corpo, possuem muitas regiões que refletem diferenças na sua estrutura: as barbas e bárbulas próximas à base da raque são flexíveis e as bárbulas não possuem ganchos. Essa porção da pena tem textura macia, solta e fofa denominada de penugem ou plumácea. Isto confere à plumagem de uma ave as propriedades de isolante térmico. Mais distantes da base, as barbas formam uma superfície firme denominada vexilo, que possui uma textura penácea (semelhante a uma folha). Essa parte da pena é que fica exposta na superfície externa da plumagem e serve como um aerofólio, que protege a penugem que fica embaixo, repele a água, reflete ou absorve a radiação solar. As bárbulas são estruturas que mantêm o caráter penáceo dos vexilos da pena.
As rêmiges (penas das asas) e as rectrizes (penas da cauda) são grandes e rijas, em geral, penas de contorno penáceas modificadas para o vôo.
As semiplumas são penas com estrutura intermediária entre as penas de contorno e as plúmulas. Elas fornecem isolamento térmico e ajudam a preencher o contorno do corpo da ave. As plúmulas, de vários tipos, são penas inteiramente plumáceas na quais a raque é mais curta do que a maior
barba ou está ausente. As plúmulas provêem isolamento térmico para as aves adultas de todas as espécies.
As plúmulas de pó, que são difíceis de classificar quantoao tipo estrutural, produzem um pó branco, extremamente fino, composto por grânulos de queratina. O pó, que é espalhado por toda a plumagem, é hidrófobo; por isto supõe-se que ele também forneça uma outra espécie de cobertura à prova d'agua para as penas de contorno.
As cerdas são penas especializadas, com uma raque rígida e as barbas, quando existem, localizam-se apenas na parte proximal. As cerdas ocorrem mais comumente em tomo da base do bico, ao redor dos olhos como pestanas, na cabeça ou mesmo nos artelhos de algumas aves.
As filoplumas são penas finas, capilares, com umas poucas barbas curtas ou bárbulas na extremidade distais. Em algumas aves, tais como os biguás e os Pycnonotidae ("bulbuls"), as filoplumas crescem sobre as penas de contorno e contribuem para a aparência externa da plumagem, mas normalmente elas não são expostas. As filoplumas são estmturas sensoriais que ajudam na ação das outras penas.
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