Nosso mundo está mudando rapidamente. Muitos lugares podem desaparecer da face da Terra. Veremos alguns e as razões. Começando pela Grande Barreira de Corais, na costa nordeste da Austrália. Uma região exuberante, que consiste no maior sistema de recifes de corais do mundo. A mudança climática é a maior ameaça aos corais. Nos últimos anos, a temperatura crescente das águas provocou o branqueamento dos corais e obrigou certas espécies marinhas a deixarem o local. O turismo em massa e à poluição, declinaram a qualidade da água, prejudicando muitas partes do recife.
Mais de 10.000 espécies de plantas e 200 mamíferos, incluindo o endêmico orangotango de Sumatra, vivem na extraordinária floresta tropical de Sumatra. Mas em apenas 50 anos, a ilha de floresta tropical foi reduzida a alguns restos isolados. Dentre os muitos problemas enfrentados por esta importante zona da biodiversidade, estão a caça ilegal e exploração madeireira, a exploração agrícola e os planos para construção de estradas no local.
O Himalaia abriga os picos mais altos do mundo – Everest e K2. Esta, que é a cordilheira de montanhas mais magnífica do planeta, mata a sede de cerca de 1,3 bilhão de pessoas. As geleiras do Himalaia estão derretendo. Se o fluxo da água doce for alterado, acarretará um impacto severo na região, para a biodiversidade e para as pessoas que dependem da água doce fornecida por seus três grandes sistemas fluviais. O Platô Tibetano, que tem altitude média de 4 mil metros e é mais sensível às mudanças de temperatura, poderá enfrentar, a longo prazo, enchentes e secas temporárias, caso o aquecimento persista.
A chamada “cidade das pontes” (Veneza) no nordeste da Itália se estende por 118 ilhas em uma lagoa rasa, as quais são interligadas por 400 pontes. No centro antigo, as gôndolas que circulam pelos 177 canais servem como principal meio de transporte. Os pavimentos térreos de vários edifícios já nem são mais ocupados. Durante o século passado, os níveis do mar subiram 23 cm, enquanto a cidade afundou cerca de 7 cm. Se a água subir mais rápido no futuro devido ao aquecimento global, é questionável se esse sistema poderá evitar que a cidade seja inundada.
Algo está perturbando o sono dos 400 mil habitantes do arquipélago das Maldivas situado a apenas 1 metro acima do nível do Oceano Índico – a possibilidade de serem submergidos pelas águas. O aquecimento global, o derretimento do gelo marinho e as tempestades violentas podem causar um impacto devastador sobre essa nação. Os otimistas dizem que as Maldivas podem desaparecer daqui a 100 anos. O presidente Mohamed Nasheed anunciou planos para um fundo visando comprar um novo território para o povo das Maldivas, caso o arquipélago seja inundado.
As terras alagadas subtropicais no sul da Flórida se estendem por mais de 6.110 km2. Mais de 50% do território original dos Everglades foram transformados em áreas agrícolas ou urbanas, o que coloca o equilíbrio hídrico e o ecossistema sob grande pressão. As populações de aves aquáticas perderam 90% do seu número original. O desvio da água para as áreas urbanas em crescimento no sul da Flórida e os níveis do mar em ascensão, causados pelo aquecimento global, são outros perigos que ameaçam os Everglades.
O icônico cume branco da quarta montanha mais alta do mundo – o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, poderá desaparecer até meados deste século. Nos últimos 100 anos, as geleiras no alto da montanha têm derretido continuamente, perdendo 84% do seu gelo. A indústria turística poderá ser seriamente afetado caso haja perda da capa de gelo, o que alteraria as condições para escaladores e excursionistas.
Uma grande metrópole ameaçada pelos impactos da mudança climática é Jacarta. Chuvas torrenciais, tubulações de esgoto e vias aquáticas entupidas e a localização de certas áreas urbanas abaixo do nível do mar provocam grandes enchentes todos os anos. E tem mais, deslizamentos de terra, secas e tempestades tropicais – irão aumentar em frequência e intensidade à medida que o planeta se aquecer.
A Zona Arqueológica de Chan Chan, encerra os despojos da capital do antigo reino Chimu e sua arquitetura de terra, umas das cidades pré-hispânicas mais importantes das Américas. Figura na lista de Patrimônio da Humanidade em situação de risco. A razão principal está nas mudanças nos ciclos das chuvas e secas, na umidade, no nível dos lençóis de água subterrâneos e a resultante química do solo irão, inevitavelmente, afetar a conservação dos restos arqueológicos. O aumento de temperatura e o avanço do nível do mar também farão sentir o seu efeito.
Jerusalém atrai, todos os anos, milhares de visitantes. Entre os seus 220 monumentos históricos estão o Domo da Rocha, o Muro das Lamentações e a Igreja do Santo Sepulcro. As maiores ameaças enfrentadas por Jerusalém são a destruição de artefatos religiosos devido à violência política, o desenvolvimento urbano descontrolado e a deterioração geral dos monumentos da cidade por causa do turismo em massa e da falta de manutenção. A Cidade Santa de Jerusalém também consta na lista de Patrimônios da Humanidade em situação de risco.
Postado por Nayara
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