É
intrigante imaginar que neste momento incontáveis tipos de bactérias nojentas
estão morando no nosso corpo. É comum que pensemos em bactérias
no contexto de doenças, claro! Mas é importante saber que da mesma forma que
não podemos viver sem carbono, proteção contra doenças e a habilidade de
digerir completamente os alimentos, não podemos sobreviver sem bactérias.
Dentro
do nosso corpo, as bactérias oferecem muitos benefícios. Nos intestinos,
favorecem a digestão de fibras vegetais, transformando resíduos complexos,
que normalmente não são facilmente digeridas, em substâncias simples.
Assim, é correto dizer que recebemos mais nutrientes durante a digestão
exatamente por causa das bactérias. As bactérias no sistema digestivo
também participam da geração de compostos químicos essenciais à vida humana,
como as vitaminas D, K e B12.
Fora do
corpo, uma “floresta” de bactérias vive na nossa pele (pelo menos 200 espécies
diferentes), se alimentando dos recursos oferecidos e “desencorajando” bactérias
indesejáveis. Contudo, ainda ajudam a degradar as células mortas e destruir os
resíduos eliminados por poros e microglândulas. Dentro ou fora,
a exposição à bactéria tem demonstrado ser uma parte importante do
desenvolvimento do nosso sistema imunológico. A exposição a bactérias, tanto
benignas quanto nocivas, são importantes na resposta do sistema
imunológico.
Apesar
de todos os benefícios, não podemos esquecer que as bactérias também podem
fazer mal, inclusive as que normalmente fazem bem. Uma colônia de Staphylococcus aureus vivendo no braço pode impedir a
entrada de invasores sem prejudicar o organismo. No entanto, se a pessoa se
cortar ou se seu sistema imunológico estiver comprometido, essas bactérias
podem causar uma infecção. A questão é que as bactérias nem sempre estão só
comendo. Basta o ambiente do corpo ficar mais poluído e as defesas
orgânicas falharem que elas começam a se reproduzir desenfreadamente. Rompeu-se
o equilíbrio de forças entre parasita e hospedeiro.
postado por Lauro
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