quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

UM GUIA PRA VER OS RESÍDUOS DE CASA COM NOVOS OLHOS


Se todos os países fossem como a Suécia, o lixo seria um recurso escasso, não um problema. Mas a realidade está longe desse ideal: uma pessoa gera, em média, um quilo de lixo a cada dia, e em países como Estados Unidos, esse número duplica. Grande parte dos resíduos acaba em aterros sanitários, onde geram emissões de carbono que agravam o efeito-estufa, e, portanto, o aquecimento global.
O que consideramos lixo muitas vezes são materiais que podem ser reutilizados ou reciclados. No entanto, com a quantidade e variedade de resíduos que descartamos, é difícil saber quais são adequados para a reciclagem e quais podem ser reciclados em casa através da compostagem.
Uma forma de saber como utilizar o lixo que geramos é nos informando. O site Reciclario é uma ferramenta útil, que ensina a olhar para essa grande variedade de materiais com outros olhos.
Embora o site se baseie nos materiais que são reciclados em Buenos Aires, na Argentina, a explicação e classificação são suficientemente universais e podem ser compreendidas por qualquer pessoa.                                  


No site você ira encontrar formas de reciclar cada tipo de lixo. Nele os resíduos são divididos em 3 grupos: recicláveis, compostáveis e não recicláveis. Assim ajuda a fazer uma reciclagem economicamente viável, pois sabemos que a coleta desses resíduos é feita por coletores informais para meio de subsistência. Por tanto nem todo lixo reciclado é realmente reutilizado em alguns casos.
Se você tem alguma duvida sobre quais resíduos são recicláveis, e como podemos fazê-la procure Reciclario.  

Disponível em: <http://descubraoverde.discoverybrasil.uol.com.br/um-guia-pra-ver-os-residuos-de-casa-com-novos-olhos/>. Acessado em: 24/02/2013
Disponível em: <http://reciclario.com.ar/?lang=en> . Acessado em: 24/02/2013


postado por Karoline

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

As flores vão além das aparências


É muito fácil se encantar com a beleza de uma flor, suas diversas cores formas, perfumes...
Mas você já parou pra pensar na real importância dessas estruturas?
Além de ser um belo símbolo de amor, amizade, carinho, as flores assim como qualquer ser vivo tem um papel importantíssimo na natureza.
A flor de uma maneira simples e geral, é responsável pela reprodução da planta, contem estruturas que possibilitam a fecundação do óvulo vegetal, para que a espécie perpetue, estruturas como o gineceu, que é formado pelo carpelo contendo os gametas femininos e androceu formado pelos estames que contem o pólen, ou seja, os gametas masculinos.

Existe flor com os dois aparelhos reprodutivos, gineceu e androceu, sendo então monóica, e existe flor que possui apenas um aparelho reprodutor sendo então dióica. Para que a grande diversidade de flores continue é necessário o sucesso dos polinizadores, que por sua vez são atraídos pelas belas formas, perfumes, formatos e cores das flores. São esses polinizadores (pássaros e insetos) que garantem a existência das flores.
Percebemos então que as flores não são importantes apenas pelo seu aspecto ornamental e sim pelo papel que possuem no ciclo da vida, pois, sem as variadas cores e perfumes das flores não haveria polinizadores, sem polinizadores não haveriam óvulos fecundados, sem óvulos fecundados não haveria mais frutos, sem os frutos não haveria mais sementes, sem sementes não haveria mais as plantas responsáveis por nos fornecer sombra, alimento, matéria prima e ar puro, sem falar dos outros animais que deixariam de existir...



É para se analisar como a natureza é perfeita, ela simplesmente pensou em tudo, desde o perfume das flores para atrair os polinizadores até o formato das pétalas que muitas vezes formam o caminho para que o gameta masculino possa fecundar o óvulo, e de sobre ainda temos a beleza e a diversidade dessas verdadeiras obras primas!






Agora já entendendo um pouco mais a fundo sobre a real importância das flores, segue algumas curiosidades: 
A planta que leva mais tempo para florir é a Corypha umbraculifera, uma espécie de palmeira hermafrodita do Sri Lanka, cuja florada ocorre a cada 80 anos;
Corypha umbraculifera

Já foram encontrados fósseis de rosas de mais de 25 milhões de anos, portanto as rosas podem ser mais antigas que a espécie humana;
A mais conhecida flor gigante é a Titan arum, podendo medir até três metros. É popularmente chamada de Flor-cadáver, desabrocha a cada seis ou nove anos e possui um cheiro insuportável;


postado por Ana Paula

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Alunos evangélicos se recusam a fazer trabalho sobre a cultura afro-brasileira


Alunos se negaram a fazer projeto sobre cultura afro-brasileira, alegando 'princípios religiosos', afirmando que o trabalho faz apologia ao 'satanismo e ao homossexualismo'.

Manaus (AM), 10 de Novembro de 2012
por MARIA DERZI

Polêmica na escola motivou ida de representantes de Fórum,OAB e MPE (Odair Leal)

O protesto de um grupo de 13 alunos evangélicos do ensino médio da escola estadual Senador João Bosco Ramos de Lima - na avenida Noel Nutels, Cidade Nova, Zona Norte -, que se recusaram a fazer um trabalho sobre a cultura afro-brasileira – gerou polêmica entre os grupos representativos étnicos culturais do Amazonas.

Os estudantes se negaram a defender o projeto interdisciplinar sobre a ‘Preservação da Identidade Étnico-Cultural brasileira’ por entenderem que o trabalho faz apologia ao “satanismo e ao homossexualismo”, proposta que contraria as crenças deles.

Por conta própria e orientados pelos pastores e pais, eles fizeram um projeto sobre as missões evangélicas na África, o que não foi aceito pela escola. Por conta disso, os alunos acamparam na frente da escola, protestando contra o trabalho sobre cultura afro-brasileira, atitude que foi considerada um ato de intolerância étnica e religiosa. “Eles também se recusaram a ler obras como O Guarany, Macunaíma, Casa Grande Senzala, dizendo que os livros falavam sobre homossexualismo”, disse o professor Raimundo Cardoso.

Para os alunos, a questão deve ser encarada pelo lado religioso. “O que tem de errado no projeto são as outras religiões, principalmente o Candomblé e o Espiritismo, e o homossexualismo, que está nas obras literárias. Nós fizemos um projeto baseado na Bíblia”, alegou uma das alunas.

Intolerância gera debate na escola

A polêmica entre os alunos evangélicos e a escola provou a ida de representantes do Fórum Especial de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros do Amazonas, da Ordem dos Advogados do Brasil, secção do Amazonas, e do Ministério Público do Estado.

Para a representante do movimento de entidades de direitos humanos e do Fórum Especial de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros do Amazonas, Rosaly Pinheiro, a problemática ocorrida na escola reflete uma realidade de racismo e intolência à diversidade. “Nós temos dados de que 39% dos gestores e alunos das escolas são homofóbicos. Essa não pode ser encarada como uma oportunidade para se destacar um fato ruim, mas sim uma oportunidade de se discutir, de uma forma mais ampla essas questões com os alunos”,disse.

Para a representante do Ministério Público, Carmem Arruda,a situação também deve ser encarada como uma oportunidade de esclarecer a comunidade.“É uma chance de discutir a diversidade e uma oportunidade de contruirmos uma conscientização junto não apenas aos alunos, mas sim às famílias que serão fazem refletidas junto a comunidade”.

Representante do Fórum pela Diversidade da OAB/AM, Carla Santiago, ressaltou que o episódio não era para ser encarado como um ato que fere os direitos de negros, homossexuais, mas sim um momento de conscientizar os alunos sobre a etnodiversidade. A conversa entre os diversos segmentos envolvidos prometia uma nova rodada, mas até o fechamento desta edição estava mantida a posição da escola de cobrar o trabalho original passado aos alunos pelo professor de História.


Fonte:http://acritica.uol.com.br/noticias/Amazonas-Manaus-Cotidiano-Polemica-alunos-professores-trabalho-escolar-afro-brasileiro-evangelicos-satanismo-homossexualismo-espiritismo_0_808119201.html

Nota do PIBID: O Termo homossexualismo possui conotação negativa pois foi assim incluído como doença na lista de “distúrbios mentais” da Organização Mundial da Saúde (só foi retirado em 1990). Homossexualidade ou homoafetividade são os termos mais utilizados hoje em dia. Possuem conotação relacionada à diversidade. A expressão homoafetividade desvincula de um entendimento puramente sexual..

postado por Bernardo

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Outras vias do aprendizado


Há várias formas de aprender e ensinar, e não apenas aquela propalada nos colégios e universidades. Em texto produzido especialmente para o Alô, professor, a bióloga e professora Vera Rita da Costa, colaboradora da CH há anos, abre o leque de opções ao educador.
Por: Vera Rita da Costa

Bióloga usa como mote livro do educador inglês Guy Claxton para afirmar: há diversas formas de se ensinar e aprender e cabe ao professor saber expor isso ao seu aluno. (Poderosopontes/ CC BY-SA 2.0)

Comecemos pelo bê-á-bá: como professores, certamente temos nossos olhos e mentes muito voltados para o que é ensinar, mas será que temos clareza do que é aprender?
O reconhecido educador Guy Claxton, ex-diretor do Programa de Pesquisa sobre Cultura e Aprendizagem da Universidade de Bristol (Inglaterra), nos dá algumas dicas importantes e que podem surpreender aqueles acostumados a não pensar sobre a questão.
Para começo de conversa, diz ele, a aprendizagem não é fundamentalmente intelectual ou aquilo que se aprende na escola por intermédio dos professores, dos livros e dos programas de computador, entre outros recursos.

Esse é apenas um tipo de aprendizagem, culturalmente local, historicamente recente e, em geral, bastante singular, afirma Claxton. Outras formas de aprender envolvem, por exemplo, experimentação, imersão, imitação, interação e imaginação.

Para o educador Guy Claxton, o ato de aprender faz parte da natureza humana; é um desejo inerente à espécie. (foto: Edtalks/ CC BY-NC-SA 2.0)
Sistematicamente, no entanto, esses outros modos de aprender vêm sendo sufocados pela maneira intelectual, formal e unificada de se conceber a aprendizagem. Pensar demais ou exigir demais o entendimento consciente das coisas, nesse sentido, interferiria na aprendizagem, alerta o especialista. 
Como assim? Então, o indicado é deixar de lado a instrução formal? 
Não, nada disso. Muita calma nessa hora! 

O que Claxton defende é a ideia de que há diferentes maneiras de adquirir conhecimento e de que a sociedade atual, por meio do reforço e da institucionalização de uma forma particular de aprendizagem, pode estar prejudicando mais do que ajudando as pessoas a aprender (e os professores a ensinar).

Vale a pena ler seu livro O desafio de aprender ao longo da vida, um dos poucos desse autor publicados em português. Nele, a visão da aprendizagem como uma adaptação evolutiva ou estratégia de sobrevivência humana fica bem clara. 

Para Claxton, estar vivo é estar aprendendo e a aprendizagem não é algo que se faz de vez em quando, em momentos ou locais especiais, ou mesmo deliberadamente, quando se tem vontade. Aprender faz parte da natureza humana, é uma característica antiquíssima que nos acompanha enquanto espécie. 

Aprender se aprende! Eis um alerta que o especialista faz aos professores e que deveríamos fazer aos nossos alunos,nascemos aprendizes e, gradativamente, ampliamos nossas habilidades de aprendizagem. Aprender se aprende! Eis um alerta que o especialista faz aos professores e que deveríamos fazer aos nossos alunos.

Agora pare e pense: alguém, alguma vez, no processo de escolarização ou de sua formação como professor, conversou sobre esse tema com você?
Aposto que não! 
Afinal, a concepção tradicional de aprendizagem que ronda nossas escolas é diferente. Em geral, concebe-se a aprendizagem como algo diretamente relacionado à inteligência – ou às inteligências, dependendo da linha que se adota. 


Aprender é considerado, assim, algo pré-determinado, que depende das habilidades ou capacidades que se tem ou não se tem. Trata-se de ser competente ou não. Ponto pacífico!
Mas as ideias de Guy Claxton são um tanto diferentes e revelam-se muito interessantes para professores que estejam preocupados não apenas em ensinar, mas também fazer com que seus alunos, de fato, aprendam. Ou seja, para os educadores que acreditam que a capacidade de aprender é um bem acessível a todos. 
Segundo Claxton, há três pilares que potencializam a aprendizagem. São eles:
  • A resiliência ou capacidade de lidar com as emoções e sentimentos envolvidos na aprendizagem. O medo, a raiva, a aversão e a tristeza são reações negativas de autopreservação e podem tolher a capacidade do aluno. Pessoas resilientes possuem tolerância alta para a frustração, não se deixam facilmente perturbar com as dificuldades e, muitas vezes, as tomam como desafios. Isso, é óbvio, potencializa a aprendizagem. 
  • A desenvoltura ou a disposição para buscar e tentar novas maneiras de superar um problema. Pessoas desenvoltas buscam e percebem recursos e estratégias variados, não se atendo necessariamente a uma forma já aprendida ou considerada ideal. Tornam-se, por isso, especialistas em avaliar a relevância de estratégias e recursos diferentes e, portanto, também mais capazes de aprender. 
  • A  reflexão sobre os meios utilizados para resolver problemas e aprender. Isso se traduz pela autoconsciência sobre os mecanismos e as estratégias de aprendizado. Além disso, envolve a capacidade de monitorar e avaliar o próprio progresso, reconhecendo pontos fortes e fraquezas. 
Agora pare por um momento e reflita: se a resiliência, a desenvoltura e a reflexão quanto à própria aprendizagem sustentam a aprendizagem, não deveriam ser elas também motivo de aprendizagem (e ensino) na escola?
Entramos, portanto, na seara de 'o que ensinar'. Talvez, ter consciência da importância de abordar esses tópicos em sala de aula seja o maior mérito dos bons professores.

Vera Rita da Costa
Ciência Hoje/ SP


postado por Gislaine

Combustível de plantas em aviões é opção para reduzir gases poluentes



O Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá divulgou um estudo que mostra reduções drásticas na emissão de gases poluentes em voos abastecidos por combustíveis produzidos a partir de plantas. Os testes, que incluíram até voos transatlânticos, foram realizados em aeronaves abastecidas tanto com combustíveis convencionais quanto biocombustíveis e apresentaram reduções que iam de 25% até 50% na emissão de partículas poluentes.
No futuro, o objetivo do órgão canadense é trazer ao mercado um novo tipo de combustível sustentável a partir de vegetais para a aviação comercial. Em outubro de 2012, o avião Falcon 20 desenvolvido pelo instituto canadense, foi a primeira aeronave a voar apenas com biocombustível proveniente de uma planta.
Em 2008, a Virgin Atlantic foi a primeira companhia aérea a usar biocombustíveis parcialmente em seus aviões. A holandesa KLM também realiza testes com combustíveis sustentáveis e já aplicou a tecnologia em um voo comercial entre Amsterdã e Paris.
Aeronave T33 acompanhou voos para colher amostras das emissões de carbono (Foto: Divulgação)

Uso do combustível baseado em planta é controverso
Ambientalistas alertam para os riscos potenciais do uso excessivo de biocombustíveis formados a partir de plantas. Apesar da comprovação de que eles reduzem as emissões de gases poluentes, estudos do MIT mostram que a busca por matéria-prima pode causar desmatamentos.
Além disso, se não for produzido da maneira correta, um biocombustíveis pode criar até dez vezes mais monóxido de carbono do que um combustível fóssil convencional.
De acordo com Steven Barret, professor do MIT, a situação é bem mais complexa do que simplesmente adaptar as aeronaves ao biocombustível. Há vários tipos de biomassa que podem ser usadas para a criação de combustível e vários métodos de conversão dessa biomassa. Cada um deles tem resultado, custo e eficiência diferentes. "Precisamos nos sofisticar ainda mais para determinar quais fazem mais sentido para o meio ambiente”, afirmou, em entrevista à BBC.




postado por Fabiane