segunda-feira, 15 de abril de 2013

NOVAS FORMAS DE VIDA, QUE DISPENSAM O DNA


Organismos artificiais com base em moléculas sintéticas podem prosperar e evoluir

Biólogos sintéticos inventaram uma série de novas moléculas chamadas XNAs, que ostentam todos os talentos do ácido desoxirribonucleico (DNA) e do ácido ribonucleico (RNA), assim como alguns poderes especiais. Os XNAs podem permitir a criação segura de formas de vida no laboratório, na qual não dependem do DNA para sobreviver e evoluir.
XNA é a sigla em inglês de ácido xenonucleico (xeno com sentido de “estrangeiro”). Como  o  DNA, o XNA tem uma estrutura que se parece com uma escada retorcida. No DNA, quatro diferentes nucleobases, representadas pelas letras A,C,G e T, formam os degraus. Grupos de fosfato e açucares compõem as laterais da escada, também conhecida por estrutura. Por 30 anos, cientistas vêm refinando os açucares para criar ácidos nucleicos artificiais, que podem se ligar ao DNA.

Para fazer os XNAs, Philipp Holliger do laboratório de Biologia Molecular do Medical Research Council, em Cambridge – Inglaterra, e seus colegas, não alteraram simplesmente os açucares na estrutura do DNA, eles substituíram moléculas inteiramente diferentes, com ciclohexano e treose. Da mesma maneira, criaram enzimas que trabalham com os XNAs para formar um sistema genético completo.
As enzimas permitem que os XNAs executem algo que nenhum outro ácido nucleico pode fazer: evoluir. Holliger reprogramou enzimas polimerases naturais para traduzirem DNA em XNA e vice-versa, estabelecendo assim um sistema móvel para armazenar e transmitir informações genéticas. Um dos XNAs, o HNA (ácido nucleico anidro-hexitol), preservou mudanças de forma confiável em seu código genético e evoluiu para se anexar a uma proteína com precisão cada vez maior.
                                     
Quando aprimorar-se a funcionalidade do XNA e suas enzimas, a série de moléculas poderá substituir o DNA e o RNA numa célula viva. Embora esses cientistas tenham feito avanços significativos em reescrever o código genético, nenhum criou vida realmente sintética – vida que não dependa do que a evolução já permite, mas de invenções humanas.
As formas de vida com base no XNA ainda estão um pouco distantes, mas reconhece uma vantagem. Se uma dessas criaturas escapasse para a natureza, morreria sem um suprimento regular de enzimas específicas do XNA, e o ácido xenonucleico não poderia se entrelaçar com genomas de organismos naturais, porque suas enzimas nativas não os reconheceria.
 O fato de que o XNA é complementar ao DNA, embora estruturalmente único, o torna útil para pesquisa em biologia. Imagina-se que os XNAs possam ser injetados no corpo humano para detectar sinais precoces e sutis de doenças que escapam às tecnologias atuais.

 Atualmente, o mundo em que vivemos encontra-se em um grande movimento contínuo, na qual, estamos em constantes modificações e descobertas. Infelizmente, determinados assuntos são restritos ou não chegam no conhecimento da sociedade.
 Assuntos científicos, como mostrado acima, por exemplo, são temas de grande interesse para ser apresentado em sala de aula, pois mostra aos alunos que existe algo além do que o que eles já conhecem e têm pronto em um livro. Assuntos como este os torna pensantes e curiosos cada vez mais por novas descobertas. Quem sabe apresentações como essa não criem expectativas e vontade do aluno ir mais além e romper as barreiras já conhecidas.
Por fim, assuntos como o tratado, são ótimas armas para professores da área de Ciências e Biologia, pois torna a matéria estudada mais interessante e científica.


Referência
JABR, F. Novas Formas de Vida que dispensam o DNA. Revista SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL: idéias que estão transformando o  mundo. São Paulo: Duetto, janeiro/2013.p.36-37.

                                                                                                           postado por Robson

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