Antes de tudo, é importante ressaltar que para
ocorrer o processo de ensino-aprendizagem o professor precisa ter além do
conhecimento dos conteúdos programados, uma organização. Não basta saber o que
precisa ser trabalhado se não houver o COMO ser trabalhado, ou seja, necessita
de metodologias, e junto delas a organização se torna um processo didático.
A organização se apresenta de duas maneiras: a
primeira, relativa à estrutura da aula, seguindo uma sequência lógica e
construtivista, preenchendo todo o horário da aula. A segunda forma de
organização faz referência em como o professor se organiza quando vai expor o
conteúdo (se o professor é organizado no quadro, tem letra legível, como dispõe
os recursos ilustrativos – cartazes, desenhos, vídeos, e outros – antes ou
depois das explicações, etc.).
Todos esses detalhes são para que a aula flua de uma
forma mais coerente e que possa dar ao aluno a clareza do que o professor está
querendo passar. Para isso ocorrer, é necessário que haja a preparação prévia
das aulas (todas elas), por meio de planejamento.
Mas como fazer isso? Através de planos de aula, que
devem ser feitos sempre antes das aulas serem ministradas. E como se faz um
plano de aula? Bem, existem vários modelos diferentes que os professores podem
seguir, porém, os elementos contidos nesses planos é que não podem faltar, que
são: os objetivos, a introdução da aula, o desenvolvimento, a conclusão
(chamada também de síntese integradora), os métodos operacionais (como vai
aplicar o conteúdo), os recursos didáticos utilizados (giz e quadro, cartazes,
áudio e vídeo, transparências, etc.), bibliografia utilizada para elaboração da
aula e claro, toda aula necessita de avaliação da aprendizagem.
O professor de ciências e biologia precisa ter em
mente que, a aplicação da sua disciplina não pode ficar apenas na teorização,
onde ficam ao imaginário as ilustrações da aula de animais, plantas, células,
tecidos, meio ambiente, física, química, e outras tantas áreas que as compõe.
Para que uma fixação maior dos assuntos ocorra, e também um maior interesse
pelo aprendizado das mesmas, o professor precisa realizar aulas onde a prática
seja rotina, para que os alunos possam entrar em contato com o que está sendo
passado a eles teoricamente.
Na educação, a combinação teoria e prática é chamada
de Práxis, e através dos estudos educacionais realizados é a melhor forma de
construir a aprendizagem dos alunos. Porém, devemos levar em conta que a atual
configuração da jornada de trabalho dos professores não dispõe de tempo para
uma elaboração de aulas práticas freqüentes, ficando ao professor a habilidade
de organização do seu tempo, na tentativa de conciliar as duas formas de
ensino, ambas devem constar nos planos de aula.
Devido ao apertado tempo do professor para preparar
suas aulas, muitas vezes o plano de aula acaba sendo deixado de lado, o que não
é recomendável, porque na vida docente, o planejamento é a alma do negócio. As
chances de sucesso da aula aumentam, tanto para a efetividade do professor,
quanto para a aprendizagem dos alunos.
Alguns
modelos de planos de aula que poderão ser utilizados nas aulas de ciências, nos links:
Abaixo
disponibilizamos algumas referências que podem ajudá-los:
MASETTO, M. DIDÁTICA:
A Aula como Centro. 3ºEd. São Paulo: FTD, 1996. p.86-103.
MARTINS, P. L. O. DIDÁTICA. Curitiba: IBPEX. 2007. p. 51-64.
ASTOLFI,
J. P.; DEVELAY, M. A DIDÁTICA DAS
CIÊNCIAS. Campinas, SP: Papirus, 1990. p. 73-77
Escrito e publicado por: Igor Ruan
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