quinta-feira, 11 de junho de 2015

Horta escolar uma oportunidade para trabalhar a iniciação científica. Escola Estadual Alberto Rebello Valente.


por Adriane Dall' Acqua de Oliveira

A investigação científica é o método que está sendo utilizado no espaço da horta escolar, pois auxilia o processo de ensino-aprendizagem, estimulando a problematização, a prática social dos alunos, a cartase dos conteúdos científicos. 

Os alunos podem pesquisar na prática diferentes conceitos e formular sua hipótese dentro de um espaço natural para a aprendizagem. Oportuniza ao aluno o conhecimento do seu espaço, preservando o meio ambiente onde vivemos, estabelece relações entre as características e comportamentos dos seres vivos no ecossistema da horta. Permite a vivência e o contato direto com o meio ambiente natural, produzindo canteiros e diferentes cultivares.

Proporciona aos alunos a descoberta das técnicas de plantio, manejo do solo, cuidado com as plantas assim como técnicas de proteção da estrutura do solo. 

Possibilita ainda, experimentar diferentes técnicas de plantio e manejo compreendendo a ciência como um processo de produção do conhecimento, a partir da iniciação científica. Alguns exemplos de atividades desenvolvidas seguindo este método. Foram plantadas algumas espécies de diferentes formas para levantar as hipótese e acompanhar o desenvolvimento. 






Figura 01 - Alunos no canteiro da horta escolar
Pimenta malagueta: um grupo plantou sementes de pacotes e seguiu todas as instruções. No mesmo canteiro plantou pimentas em natura e ainda, tirou as sementes de alguns exemplares e plantou. Mas hipóteses sobre o tempo de germinação das sementes em natura, da qualidade e quantidades de germinação  e acompanharam e fizeram anotações e suposições. 






Ainda utilizando o método da iniciação científica no contexto da horta escolar os alunos utilizaram o agrião para sua pesquisa.




Figura 02 - Observação das mudas de agrião de água e agrião seco
 Outro grupo plantou mudas e sementes de agrião da água e agrião do seco em um córrego que vem do tanque de peixes para observar a adaptação das sementes em um mesmo local. Problematizaram sobre o local, levantaram hipóteses e acompanharam o desenvolvimento. O interessante deste experimento foi que quase todas as sementes e mudas se desenvolveram e no inicio as de agrião do seco eram mais rígidas e secas, porém como o passar dos dias as folhas e talos foram ficando mais “suculentas” como as do agrião da água, e se adaptaram muito bem ao ambiente úmido, derrubando muitas hipóteses de que não conseguiriam sobreviver ao excesso de água.

Outro ponto importante da atividade está sendo o intercâmbio sistemático de informações com os pibidianos, pois possibilitam ações concretas e práticas  no ambiente escolar com os conhecimentos trazidos da UEPG.

Na horta os alunos prepararam os canteiros, fazem o plantio das mudas, as regas diárias,  limpam os canteiros, cuidam do solo e acompanham o desenvolvimento das plantas.

Desenvolvem técnicas de manejo, proteção e conservação do solo através do emprego de técnicas agrícolas. Discutem ações humanas conscientes de uso do meio ambiente, conhecimentos e práticas nas suas casas e no meio onde vivem e utilizam as plantas produzidas para seu consumo e de seus familiares.

Figura 03 - Observação do desenvolvimento dos agriões no córrego/ desenvolvimento das sementes

A iniciação científica na horta escolar tem estimulado o gosto pela pesquisa nos alunos e auxiliado o processo de ensino-aprendizagem, se mostrando um método eficaz de gerar conhecimento e instigar os alunos na busca de hipóteses, problematizar, passar de uma visão sincrética do conhecimento para uma visão sintética e retornar a sua prática social com o conhecimento científico contextualizado.

Postado por Bernardo.


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