quarta-feira, 18 de abril de 2012

Enfrentamento da Violência sexual contra crianças e adolescentes


Na última segunda feira (16/04/2012), os alunos pibidianos de Biologia participaram da Mesa de Discussões sobre Violência Escolar, que aconteceu no Observatório de Astronomia do Campus Uvaranas da UEPG.

Professores compondo a Mesa de Discussões

presença de mais de 185 pessoas, entre alunos da UEPG e acadêmicos dos PIBIDS de educação física e biologia

Assuntos como bullying, violência escolar, violência sexual, e exploração infantil foram discutidas em torno de como o professor deverá agir no caso de presenciar tais atos.
O Professor e Mestre Marcelo Ubialli Ferracioli ministrou uma pequena palestra sobre o "Enfrentamento da Violência sexual contra crianças e adolescentes".

desenho feito por um aluno que sofria abusos

Segundo Ferracioli, a maior parte dos abusadores são pessoas próximas da criança, pessoas da família, de confiança, e que tem acesso total a casa, mas que não levantariam suspeitas de prática do crime. Diferenciou o abuso de exploração, que neste caso envolve mediação monetária, o adulto usando a criança para se obter dinheiro.

Os sinais de alerta, ou indicadores, para que o professor saiba como atuar e identificar casos de abuso são:
●baixa auto estima e descaso consigo mesmo;
●apresentar contusões, queimaduras, ou fraturas sem justificativa, frequentemente e em estágios de cicatrização diferentes;
●regressão ao comportamento infantil;

●aparecer com roupas sujas e rasgadas frequentemente;

●hemorragia, corrimento vaginal, órgãos sexuais machucados ou inchados, e principalmente não tratados;

●presença de marcas de violência em lugares de pouco acesso da visão, como por exemplo, costas e pernas, que são cobertas por roupas;

●interesse súbito e incomum sobre questões sexuais persistentes, masturbação compulsiva, interesse obsessivo por brincadeiras com conotação sexual;

●tentativas de fuga de casa e suicídio;

●uso de drogas;

●nas crianças que dormem na escola, procurar observar se não costumam a ter pesadelos frequentes.



Marcelo ressalta que não devemos considerar a presença isolada de indicadores, que apenas em caso de transversalidade e multi indicadores então caracterizam um quadro de violência ou abuso.Não devemos confundir violência doméstica com acidentes, que na maioria dos casos os alunos tentam proteger o abusador com desculpas que caíram da escada, ou bateram o órgão/membro em algum lugar.



Como conversar com o aluno que sofreu violência:



●ouvir a criança, sem interromper, nem por palavras em sua boca, a violência sexual envolve medo, vergonha e culpa, então não duvide se é verdade. Respeite seu ritmo e deixe que fale, apenas ouça;
●não prometa coisas que não possa cumprir, o seu dever é ouvir e encaminhar ajuda. Não conte para os pais, nem espalhe entre os colegas de profissão, a denúncia deve ser feita ao conselho tutelar;
●usar sempre linguagem simples e clara, para não confundir a mente da criança;
●evitar que a criança repita a história, pois ela relembrará assim dos sentimentos que presenciou, e das dores também;
●denunciar sempre, nem que seja anonimamente, ou que não se tenha certeza, pois profissionais aptos à esse tipo de diagnóstico irão lidar com o caso;
●antigamente, costumava-se a afastar a criança de casa, hoje em dia, se afasta o abusador;

●telefone do conselho tutelar de Ponta Grossa 3225-2340, ou número nacional de denúncia sobre violência infantil, o disk 100.



contatos para se fazer a denúncia


O professor Marcelo ministra aulas de Psicologia da Educação para os acadêmicos do segundo ano de Ciências Biológicas da UEPG.



Professor Marcelo Ubialli Ferracioli

A Profª Priscila Larocca apresentou um artigo de sua pesquisa, que relata as diferentes concepções dos educadores quanto à violência escolar.


Com o tema “Fatores associados ao comportamento bullying na escola”, o Profº Gustavo Levandoski expôs as principais características do comportamento bullying, quanto ao agressor e quanto à vítima. Também mostrou sua pesquisa realizada com alunos do sexo masculino que traça o comportamento do agressor/vítima.


Finalizando as discussões, a Professora Monica Mongruel falou sobre a ECA (Estatuto da Criança e do adolescente) como ele surgiu, quais são os direitos e os deveres da criança e do adolescente, e consequentemente qual o envolvimento do professor legalmente com os alunos e suas práticas.



postado por Bernardo, Keli e Lauro

 


 


 


 


 

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