Imagina
encontrar uma Lula-vampira-do-inferno enquanto mergulha?
O nome científico já assusta: Vampyroteuthis
infernalis. Esses animais incríveis vivem nas profundezas do
Atlântico e do Pacífico. O corpo gelatinoso, dependendo da iluminação torna-se
aveludado preto, vermelho, roxo ou da cor marrom, por causa dessas cores,
recebeu esse nome “vampiresco”. Curiosamente, possui uma membrana ligando os
oito tentáculos, cada um dos quais é coberta por fileiras de espinhos moles.
Quando está em perigo assume uma foram de “abóbora” e parece ser bem maior do
que é. Essas lulas não têm mais de 20 cm de comprimento. Até que se sabe, esse
é o único cefalópodecapaz de viver em profundidades de 400-1000
m em uma zona com um mínimo de oxigênio.
Para viver em águas tão profundas,
superando a falta de oxigênio e suportando a pressão, a Lula-vampira-do-inferno
possui impressionantes adaptações e pode viver e respirar normalmente nesta
zona com uma concentração baixíssima de oxigênio. Esses animais possuem o menor
nível de metabolismo entre todos os cefalópodes que vivem em profundidade. O
sangue é azulado (isso mesmo!), pois esses animais têm uma alta dosagem do
pigmento hemocianina no sangue.
Devido ao alto teor de amônia nos
tecidos, a densidade corporal praticamente é a mesma densidade da água do mar,
o que permite uma boa flutuabilidade, mesmo com sua musculatura
subdesenvolvida. Como todo animal das profundezas, essas lulas enxergam pouco,
podem apenas distinguir as silhuetas de outros animais e para se proteger de
predadores, desenvolveram uma bioluminescência que emite um brilho azulado nas
membranas que possui entre os tentáculos e isso ofusca a visão do seu corpo
visto de baixo.
Elas também possuem o famoso saco de
tinta dos cefalópodes. Quando ameaçada, a tinta é liberada das pontas dos
tentáculos, criando uma nuvem de mucosa bioluminescente. Isso cria uma cortina
de luz (que pode durar até 10 minutos), tempo suficiente para escapar do
predador.
postado por Kelin
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