terça-feira, 12 de março de 2013

Recursos digitais prometem extinguir práticas com animais em Instituições de Ensino

Em cursos como Medicina, Odontologia, Veterinária, Enfermagem, Fisioterapia e Educação Física, também há cada vez mais opções de programas de computador capazes de simular procedimentos e reações humanas e animais. Entre as imitações possíveis estão a dissecação, o laboratório e a realidade virtual.

Na dissecação virtual, por exemplo, é possível avaliar uma rã pelos seus sistemas esquelético, muscular e digestivo, em diferentes camadas e níveis de transparência. Laboratórios computadorizados permitem estudos específicos, como analisar a fisiologia dos nervos com o uso do mouse. Já a realidade virtual usa a tecnologia dos jogos para simular procedimentos clínicos.


Segundo Ipojucan Calixto Fraiz, coordenador do curso de Medicina da Universidade Positivo, o uso de softwares simuladores e de peças sintéticas na formação dos médicos representa avanço nas propostas de humanização do ensino. “Os alunos têm atividades no Laboratório de Habilidades Clínicas e Simulação e no Morfofuncional durante os dois primeiros anos de formação, antes de frequentar os hospitais, o que representa o respeito aos futuros pacientes”, afirma.


 “Os ratos são os animais mais usados na Psicologia por serem mamíferos inteligentes e de comportamento dócil, além de nos ensinarem pelo condicionamento muitos princípios do comportamento humano”, conta o coordenador do curso, Nain Akel.Ratinhos virtuais no aprendizado do comportamento humano
Uma grande lista de recursos acompanha o cão Jerry (foto abaixo), produzido pela empresa norte-americana Rescue Critters para substituir cachorros verdadeiros durante as aulas. Ele é capaz de emitir 24 sons diferentes, similares aos de um paciente canino em um hospital veterinário. O robô possui pulmão artificial e sistema circulatório, no qual é possível aplicar injeções e coletar um líquido que simula o sangue, além de boca e garganta muito próximas do natural, que são usadas para treinamento de intubação. Quer mais? Os ossos da perna traseira podem ser substituídos por outros com diferentes tipos de fraturas. No Brasil, o cão-simulador ainda não se popularizou devido ao alto custo (um dos modelos é vendido por US$ 3 mil), mas já é usado em instituições como a universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo.




Investimento

O alto investimento é um dos empecilhos para a disseminação de simuladores modernos em universidades brasileiras. Apesar do custo elevado, a bióloga e mestre em Microbiologia Nagomi Kishino defende que o gasto compensa. “Eles [os simuladores] têm a vantagem de serem usados repetidas vezes. Assim, em um curto espaço de tempo, compensam os gastos com a manutenção de um biotério [onde são criados os animais para pesquisa e ensino]”, afirma.

Retirado e adaptado de Jornal Gazeta do Povo, Sala de aula: prática adquirida  com o uso da tecnologia <http://www.gazetadopovo.com.br/m/conteudo.phtml?tl=1&id=1290163&tit=Pratica-adquirida-com-o-uso-da-tecnologia>

postado por Bernardo



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